DEG Descomplica | com Erika Celestino
Com o objetivo de sensibilizar para os problemas da sobrepopulação, da poluição e da importância da conservação da biodiversidade e de forma a alcançar o equilíbrio entre as necessidades económicas, sociais e ambientais das gerações presentes e futuras, a Assembleia Geral das Nações Unidas através da resolução A/RES/63/278 adotada em 2009, proclamou 22 de Abril como o Dia da Terra.
Para assinalar esta data, convidámos a Erika Celestino, doutoranda que está a trabalhar com a Professora Ana Carvalho para partilhar a investigação que está a fazer sobre Resíduos orgânicos domésticos: Integrar fatores psicossociais para definir estratégias para uma economia circular.
Através da análise dos sistemas de gestão de resíduos orgânicos domésticos dos estados-membros, com ênfase nos fatores psicossociais, a Erika procura identificar as melhores práticas de gestão de resíduos orgânicos na UE e perceber como esses exemplos podem servir de referência para os demais estados, contribuindo para a transição para uma economia mais circular.
Apesar da Diretiva-Quadro relativa aos Resíduos (Diretiva (UE) 2018/851) determinar, que a partir de 1 de janeiro de 2024, todos os estados-membros tinham que optar pela separação e reciclagem de bioresíduos na fonte ou pela coleta seletiva, nem todos os estados-membros estão a avançar à mesma velocidade, havendo uma clara pressão sob os países para implementarem ou reestruturarem os seus sistemas de gestão de bioresíduos. De acordo com a Erika Celestino, apenas 11 dos 27 países da União Europeia estão a progredir no cumprimento da Diretiva (UE) 2018/851,
Assim a Erika Celestino espera que o seu estudo possa por um lado ajudar novos investigadores nesta área pela sistematização de conhecimento cientifico sobre a gestão de resíduos orgânicos domésticos na UE e por outro ajudar a compreender as motivações e obstáculos dos cidadãos associados à separação de resíduos orgânicos na fonte, além de identificar o método de recolha seletiva destes resíduos com menor impacto ambiental e económico. Com estas ferramentas, espera-se que este trabalho de Investigação possa contribuir para que as partes interessadas e os decisores políticos responsáveis pela gestão dos resíduos orgânicos possam melhorar a sua eficácia e, assim, contribuir para uma UE mais circular e sustentável.
Veja o vídeo para saber mais.